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Emoções, Fome Emocional e Autocuidado

Comumente, tentamos controlar as emoções, mas elas não são controláveis da forma que imaginamos. Se fosse simples assim, bastaria pegar um controle remoto e “apertar um botão” para decidir qual emoção queremos sentir ou não, escolhendo sua intensidade e o momento.

Embora não sejam controláveis, as emoções podem ser reguladas. A regulação acontece quando reconhecemos a emoção, a observamos, acolhemos, compreendemos e utilizamos suas respectivas funções. Por exemplo, uma das funções da tristeza é a reflexão. Sabemos que momentos reflexivos são importantes para a tomada de decisões e que, por mais que a sensação de tristeza seja desagradável, não é justo considerá-la uma emoção ruim.

As emoções não deveriam ser classificadas como positivas ou negativas; entretanto, podem ser percebidas como agradáveis ou desagradáveis. Somos capazes de desenvolver habilidades para melhorar a nossa relação com cada uma delas e, assim, passamos a lidar de modo consciente e coerente com a nossa própria vida. Lembre-se: nenhuma emoção é antídoto para outra.

Frequentemente, busca-se realizar essa regulação emocional — ou até mesmo compensar as sensações desagradáveis — por meio do consumo de comida, principalmente opções ricas em gordura e açúcar, entre outras “estratégias” que proporcionam um alívio momentâneo, mas que não resolvem o problema em questão. Estratégias inadequadas podem agravar a situação, desencadeando exageros e compulsões alimentares, inclusive vícios em substâncias danosas à saúde, como no caso do abuso de álcool e cigarros.

Como diferenciar a fome emocional da fome física? A fome emocional costuma ser uma resposta a um gatilho emocional. A pessoa não apresenta sinais físicos, como estômago roncando, baixa energia ou a fome aumentando gradualmente. Essa fome se manifesta de forma repentina e envolve a busca por alimentos específicos, geralmente muito palatáveis. O comer emocional frequentemente tenta suprir algum vazio e pode ocorrer em diferentes situações, como momentos de tensão, solidão, tédio, ansiedade e estresse.

Quando você se deparar com a fome emocional, é importante se perguntar se realmente está com fome ou se está apenas buscando uma forma de se distrair ou se confortar. Se estiver com fome física, o indicado é comer; caso contrário, procure fazer algo que lhe faça bem e que traga prazer. É essencial enxergar a realidade como ela é e compreender que as experiências e emoções são passageiras. Respeite o seu processo e acolha as suas emoções.


Júlia Pitsch

Nutricionista CRN10 6168


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