No estudo realizado por Fernández (2016) que teve o intuito de aumentar a compreensão a respeito de mindfulness, assim como demonstrar a eficácia do programa MBCT, refere que muitos estudos com base sólida, demonstram efeitos positivos da prática de mindfulness nas funções cognitivas, emocionais e comportamentais, especialmente na atenção.

Em outro estudo realizado por López, Vizcaino, Calvo, et al. (2016) que realizou uma revisão de artigos que envolviam a utilização de intervenções baseadas em mindfulness para tratar pacientes com TDAH, ficou evidente através de auto relatos que essas intervenções trazem melhora na sintomatologia, no que diz respeito a atenção, hiperatividade e impulsividade.

Foi publicada uma matéria publicada no site da instituição Mindfulness Brasil intitulada "Pessoas com TDAH se beneficiam da prática de mindfulness". Nessa matéria, foi considerado um estudo realizado na Holanda que tornou possível perceber que a prática de mindfulness associada ao tratamento medicamentoso, pode levar a uma redução significativa (30%) nos níveis de desatenção, hiperatividade e impulsividade, se mantendo essa melhora por no mínimo 6 meses.

Conforme Contreras Prados (2022), ao se praticar mindfulness de maneira contínua, a pessoa pode aprender a se distanciar da emoção e como consequência reduzir a sensação da emoção o que influência na desregulação emocional. Outro aspecto presente no mindfulness que influencia na regulação emocional ocorre pelo foco na respiração, que auxilia no distanciamento das conotações negativas das emoções (Contreras Prados, 2022). A autora também menciona que a pessoa com TDAH pode melhorar relações sociais, autoestima, sintomas de ansiedade e depressivos.

Moraiti, Fotoglou e Digas (2023), evidenciam que a técnica de mindfulness pode ser utilizada por terapeutas, visando a redução de sintomas vivenciados por pessoas com TDAH. No estudo de Cunha, Martins, Sousa, et al (2025), é referido que mindfulness tem emergido como um complemento, juntamente com intervenções farmacológicas e psicosociais, incluindo psicoterapia, mais especificamente a Terapia Cognitivo-Comportamental, visando manejo dos sintomas apresentados por pessoas com TDAH.